A princípio, eu não sabia nada sobre esse filme (adoro o clima de suspense, do 'vamos ver que bicho vai dar'). E fiquei meio perdida com tanta informação: a locução dividida entre um homem e uma mulher, que completam as frases uns dos outros; a sequencia de imagens, o letreiro luminoso. Confesso que fiquei perdida. Mas depois foi tudo se encaixando.
Acompanhamos a história do famoso (e perigoso) Bandido da Luz Vermelha. (representado magistralmente por Paulo Villaça) O enfoque? A vida, quase severina, do bandido. O ponto de vista? O da manchetes de jornal e, ao mesmo tempo, o relato do próprio bandido. Enquanto para um ele é perigoso, monstro cruel que não perdoa suas vítimas, "não se deixem levar pela genialidade desde homem"; ele mesmo se define como "um boçal", "um pobre com cara de coitado".
Ele nunca teve maiores perspectivas na vida, só vivia de assalto e morte, às vezes de um favor dos amigos. Mal havia aprendido a escrever (aliás, hilário ele escrevendo bilhetes desafiando a polícia). Era um coitado. Como mesmo afirma, "nem pra se matar ele prestava". Que vida uma pessoa pode querer ter se ela não faz idéia do que quer? Não é nem conformismo o que ele sente, é um vazio. E isso fica evidente nas suas decisões, nas suas atitudes, no olhar vago e calmo de quem sabe que não tem ada a perder - e, portanto, não tem medo de arriscar.
Inspirado nos métodos de roubo utilizados por um famoso ladrão de casas de São Paulo na década de 1960, João Acácio Pereira da Costa, o filme é intenso. As emoções são todas controladas de acordo com o humor do bandido: se ele quer papo com as vítimas, então tem papo; se não quer, um tiro e o problema está resolvido. Até ele se apaixonar. As feministas que me perdoem, mas sim, as mulheres são a perdição para alguns homens.
E foi assim que o famoso bandido termina sua história: envolvido por Janete Jane (Helena Ignez, ótima), envolve-se com políticos da região e acaba sendo traído. Com o orgulho ferido e a decisão de acabar com a própria vida, antes resolve acertar as contas com Janete. Mata-a com um tiro seco, sem dó nem piedade - pois esses sentimentos não existiam naquele ser. Então, se mata. Mas não de forma tradicional, ele precisava de atenção. Resolve se eletrocutrar, enrolado por fios e mais fios. Não conseguiu o reconhecimento que esperava (chega a ser comovente a cena em que ele aguarda os policiais com uma mala, com as provas de seus crimes, querendo ser pego antes de se matar - mesmo que só para ser reconhecido) e acabou matando delegado que tentava prendê-lo há tempos. De um jeito ou de outro, ele conseguiu a notoriedade que tanto queria. Mas nunca deixou de ser um boçal.
Acompanhamos a história do famoso (e perigoso) Bandido da Luz Vermelha. (representado magistralmente por Paulo Villaça) O enfoque? A vida, quase severina, do bandido. O ponto de vista? O da manchetes de jornal e, ao mesmo tempo, o relato do próprio bandido. Enquanto para um ele é perigoso, monstro cruel que não perdoa suas vítimas, "não se deixem levar pela genialidade desde homem"; ele mesmo se define como "um boçal", "um pobre com cara de coitado".
Ele nunca teve maiores perspectivas na vida, só vivia de assalto e morte, às vezes de um favor dos amigos. Mal havia aprendido a escrever (aliás, hilário ele escrevendo bilhetes desafiando a polícia). Era um coitado. Como mesmo afirma, "nem pra se matar ele prestava". Que vida uma pessoa pode querer ter se ela não faz idéia do que quer? Não é nem conformismo o que ele sente, é um vazio. E isso fica evidente nas suas decisões, nas suas atitudes, no olhar vago e calmo de quem sabe que não tem ada a perder - e, portanto, não tem medo de arriscar.
Inspirado nos métodos de roubo utilizados por um famoso ladrão de casas de São Paulo na década de 1960, João Acácio Pereira da Costa, o filme é intenso. As emoções são todas controladas de acordo com o humor do bandido: se ele quer papo com as vítimas, então tem papo; se não quer, um tiro e o problema está resolvido. Até ele se apaixonar. As feministas que me perdoem, mas sim, as mulheres são a perdição para alguns homens.
E foi assim que o famoso bandido termina sua história: envolvido por Janete Jane (Helena Ignez, ótima), envolve-se com políticos da região e acaba sendo traído. Com o orgulho ferido e a decisão de acabar com a própria vida, antes resolve acertar as contas com Janete. Mata-a com um tiro seco, sem dó nem piedade - pois esses sentimentos não existiam naquele ser. Então, se mata. Mas não de forma tradicional, ele precisava de atenção. Resolve se eletrocutrar, enrolado por fios e mais fios. Não conseguiu o reconhecimento que esperava (chega a ser comovente a cena em que ele aguarda os policiais com uma mala, com as provas de seus crimes, querendo ser pego antes de se matar - mesmo que só para ser reconhecido) e acabou matando delegado que tentava prendê-lo há tempos. De um jeito ou de outro, ele conseguiu a notoriedade que tanto queria. Mas nunca deixou de ser um boçal.
3 comentários:
totally agree with you.
My blog:
credit immobilier puis solution Rachat De Credit
P.S. o sobrenome do ator é villaça, e não fogaça.. grande paulo villaça..
Opa, passou batido o erro pela revisão!
Obrigada pela ajuda, já alterado no texto.
Continue nos visitando e opinando, sempre. É assim que nós evoluímos. Valeu pela visita. XD
Postar um comentário