O ego e a solidão de Kane maravilhosamente retratados nesse fotograma do filme
"Uma palavra somente não pode descrever a vida de um homem". Mas se eu tivesse que (tentar) definir esse filme em uma única palavra, essa seria "genial". Cidadão Kane (Citizen Kane, 1941) pode ser considerado sim o maior filme de todos os tempos. Uma história contundente, um personagem principal misterioso e carismático (apesar de não ser a mais simpática das criaturas), fotograficamente perfeito, efeitos especiais e de maquiagem simples, porém fantásticos. Uma história repleta de mistério, que te prende até o fim, como se nós fossemos os jornalistas encarregados de descobrir mais sobre a vida do misterioso Sr. Kane.
É um filme para pensar: pensar no tipo de informação que consumimos (sim, nós consumimos - ou você ainda acredita que não?), no tipo de vida que a gente leva, no tipo de pessoa que nós seríamos se tivéssemos muito mais dinheiro (adorei o diálogo em que Charlie kane afirma que poderia ser um homem melhor se não fosse tão rico), naquilo que a gente acredita, no quanto somos dedicados às nossas metas (e o quanto elas são as coisas mais importantes na vida), o quanto nosso ego pode falar mais alto que tudo, o quanto nossa infância marca nosso caminho futuro.
Um ótimo filme, esplendorosamente dirigido e muito bem interpretado - não há uma única atuação fraca - daqueles que marcam e ficam na memória. De todos os filmes que vimos até agora, somente um havia me tirado o fôlego. Seu título é O poderoso chefão e dá para ver no meu post o que eu estou falando. Era um filme sobre o qual eu sempre havia ouvido falar, mas nunca tinha visto, e a ansiedade e expectativas eram grandes - e não me decepcionei. O mesmo aconteceu com esse filme. Mais uma vez sou grata a esse blog por tantas experiências cinematográficas. Definitivamente, Cidadão Kane entrou para o meu "top 10".
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